As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e o Setor de Saúde

Estamos prestes a viver uma verdadeira revolução na maneira como os pacientes serão assistidos e as tecnologias de informação serão os catalisadores dessa transformação. 

Para nós, profissionais de saúde que trabalhamos com assistência, é muito evidente que o atual modelo de saúde está ultrapassado e precisa se ajustar aos novos tempos.

Pergunte a um paciente o seu nível de satisfação com o a assistência à saúde que vem recebendo e perceberá  grande parte está muito insatisfeita.

Não estou falando somente do setor público, mas também do setor privado.

Falamos de demora em atendimento, atendimentos impessoais, visitas intermináveis ao consultório, muitas vezes somente par mostrar exames, renovar receitas, etc.

Especialmente no Brasil, país de dimensões continentais, com distribuição heterogênea de recursos humanos e financeiros, deixar de usar tecnologias amplamente disponíveis a custos acessíveis, como internet banda larga, smartphones, serviços em nuvem, softwares as service (SaS) dentre outros, não pode mais esperar e a Pandemia do Coronavirus acelerou essa percepção.

Alguns dos desafios dessa transformação estão em vencer os preconceitos e o comodismo, especialmente das classes profissionais envolvidas com ênfase para a categoria médica, ainda muito atrelada a velhas práticas, como por exemplo o uso de prontuário em papel. Também podemos citar a carência de profissionais conhecedores dos fluxos e processos assistências, capazes de entender as tecnologias existentes e adequá-las para otimização da segurança e produtividade dentro das diversas realidades existentes.

Sonho com o dia em que os prontuários eletrônicos serão usados em 100% dos processos assistenciais, capazes de se comunicarem com dispositivos de telemonitoramento, em que a inteligência artificial auxilie na tomada de decisão de forma a diminuir riscos e otimizar resultados.

Acredito que esse dia não está longe. Até nossa próxima conversa sobre Saúde e Transformação Digital.

Autor: Marcone Cordeiro Macedo Maciel (Médico – pós graduando em Informática em Saúde pela UNIFESP)