Felicidade x Empatia x Longevidade

Longevidade, felicidade, inteligência interpessoal e empatia

Não é possível falar em longevidade e qualidade de vida sem associar estes dois elementos a felicidade. Um fato que ninguém pode negar é que um dos maiores objetivos de vida do ser humano, senão o maior é viver uma vida feliz. Mas afinal o que seria felicidade? O conceito é amplo e muito individual, porém a teoria que mais se aproxima, em minha opinião é a de um filósofo grego chamado Epicuro (341 a.C. – 270 a.C.), fundados de uma escola que leva o seu nome, o Epicurismo, a qual baseia a felicidade em 3 pilares básicos:

1-Liberdade
2-Amizade
3-Tempo para meditar

Iremos falar um pouco hoje a respeito do segundo pilar da felicidade para o Epicurismo. O conceito de “Amizade” nos tempos de Epicuro pode ser ampliado e redimencionado nos dias de hoje através da “Inteligência Interpessoal”, que nada mais é do que a habilidade que temos de conviver de forma harmônica com as pessoas ao nosso redor. Neste sentido, o conceito de “Empatia” surge de forma primordial para obtermos esta habilidade.

Empatia é a capacidade que temos de nos colocar no lugar do outro e, de certa forma, sentir o que o outro sente, tamanha a conexão entre os indivíduos. Um exemplo clássico e muito forte de empatia é a relação entre pais e filhos. Imagine a situação de um bebê ou uma criança chorando para tomar uma injeção e os pais acompanhando de perto esta situação; um fato muito comum é que no momento da injeção, os pais retraiam neles mesmo o membro aonde será aplicada a injeção no filho, como se eles estivessem sentindo aquele estímulo junto da criança.

Há mais de 2000 anos o conceito de “amizade“, inteligência emocional e empatia nos foi ensinado através dos 10 mandamentos do Cristianismo, no qual podemos destacar o segundo: “Amai o próximo como a ti mesmo”.

Nesta mudança Era que estamos vivendo, a qual é marcada e delimitada por esse período de pandemia, a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro será muito valorizada e quanto mais conseguirmos praticar essa habilidade, mais preparados estaremos para “O novo mundo pós-pandemia”. Eu enxergo este período de isolamento social como uma oportunidade de fazermos uma reflexão e revisarmos conceitos e valores que temos em nossas vidas. Outro desafio intimamente ligado a este novo mundo, será conseguir equilibrar nossa relação com as novas tecnologias e as máquinas, não deixando de lado o dom mais belo que nos foi dado, o dom de “Ter Sentimentos”, pois será através dele que poderemos nos diferenciar neste mundo cada vez mais racional, individualista, linear e tecnológico.

Por fim só podemos concluir que muito dificilmente conseguiremos atingir a plenitude da vida se não estivermos conectados com as pessoas ao nosso redor. Neste sentido a inteligência interpessoal é fundamental para construirmos a base de uma vida feliz e com longevidade.

Autor: Gustavo Melo – Médico Anestesiologista

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